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Custo das operações policiais

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Status: Concluído

Metodologia: Realizamos um comparativo entre os gastos feitos pelas operações policiais em comparação com o gasto de um aluno na rede pública durante um ano.

Objetivo: Demonstrar que o investimento do Estado em militarização das polícias poderia ter sido melhor utilizado em políticas sociais emergenciais no contexto da pandemia da COVID-19 e também em políticas intersetoriais de prevenção da violência.

Descrição: A pesquisa sobre a chacina do Jacarezinho objetivou realizar um comparativo entre custos de policiamento e políticas sociais, publicado no dia 06 de junho de 2021 à vista do aniversário de 1 mês da chacina do Jacarezinho que vitimou 28 pessoas e é considerada a maior história do estado do Rio de Janeiro. Os valores de itens das forças de segurança pública foram obtidos em documentos, como licitações, que são de caráter público e foram acessadas nos sites das polícias ou no portal de compras do estado do Rio de Janeiro.

De acordo com uma licitação em andamento cujo objetivo é comprar 500 fuzis para a Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ), uma unidade deste item está orçada em no máximo R$ 7.794,42 pela própria instituição.Em comparação ao custo dessa arma, empregou-se o valor anual por um aluno – em qualquer modalidade integral, como creche, pré-escola, fundamental e médio – pelo FUNDEB em 2021, cujo valor estimado é R$ 4.898,68. Assim, temos que um fuzil tem o mesmo custo anual de aluno da república, inclusive considerando materiais e alimentação.

Também se relacionou o custo de um helicóptero blindado, popularmente conhecido como “caveirão voador”, com o valor do auxílio emergencial disponibilizado para famílias com duas ou mais pessoas – exceto mães chefes de família. Em documento da PCERJ, o “caveirão voador” foi avaliado em mais de R$22 milhões, logo, se este custo fosse empregado para proteção da população durante a pandemia, 88 mil auxílios emergenciais no valor de R$ 250 teriam sido distribuídos. Dessa forma, as pessoas das favelas do Jacarezinho e de Manguinhos estariam recebendo quase que em sua totalidade.

Em licitação, a PCERJ adquiriu 2000 coletes balísticos, com um custo de mais R$ 18 milhões de reais. Esse montante poderia ter sido mobilizado para a compra de 120 mil cestas básicas, cujo valor referente a março de 2021 estava em torno de R$ 150 no Rio de Janeiro, segundo a contação no Jacarezinho. Por fim, as polícias fluminenses adquiriram 32 veículos blindados por pouco mais de R$ 20 milhões, valor que poderia ter sido usado para mais 2.200 atividades culturais com orçadas em R$ 10 mil, como o Grafitaço organizado pelo LabJaca na semana posterior a chacina.

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