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Apresentação

O LabJaca é um laboratório de pesquisa, geração cidadã de dados e construção de narrativas sobre favelas e periferias, que busca traçar ações que representem as reais demandas dos moradores e das instituições locais.

Metodologia

Geração Cidadã de Dados é a produção de dados ativa e conscientemente por indivíduos ou suas organizações para monitorar, demandar e provocar mudanças em situações que os afetam, fornecendo diretamente suas perspectivas sobre elas e construindo uma alternativa aos dados produzidos por governos. Essa definição destaca três características complementares da GCD, que a diferenciam das demais produções de dados: quem faz (autoria), como faz (forma) e para o que faz (finalidade).

Propósito

Dados e comunicação são ferramentas de poder, nosso compromisso é produzir pesquisas qualitativas e quantitativas e traduzir esses dados de maneira acessível, em parceria com redes locais e instituições públicas e privadas. Nosso intuito é valorizar o conhecimento que provém das comunidades para que sejam pautadas políticas públicas e investimentos sociais privados que visem fomentar esses territórios, gerando impacto social.

Ambição

Nossa perspectiva de atuação se baseia em projetar e construir um futuro onde raça ou o local onde se vive não seja um delimitador de oportunidades. Reivindicamos a periferia enquanto espaço vivo de produção de conhecimento e de soluções para demandas locais e coletivas.

Valores

Nosso posicionamento estratégico diz respeito, principalmente, aos parâmetros que balizam nossa atuação. Isso passa pelos nossos valores transversais, os limites que não ultrapassamos e os eixos de incidência com os quais nos comprometemos.

Raça como pauta central: Entendemos o racismo como pilar fundamental para a existência das desigualdades presentes no Brasil e no mundo. Nesse sentido, nos comprometemos com o combate a todas as diferentes expressões de discriminação baseadas em raça e etnia.

Horizontalização de saberes: Vemos todas as pessoas, grupos sociais e culturas sob um olhar de alteridade. Isso está impregnado em cada detalhe do nosso trabalho e se expressa principalmente na nossa forma de mobilizar o conhecimento como instrumento de transformação. Por isso, defendemos que não existam saberes mais valiosos que outros, especialmente quando se trata de romper com ideias e práticas de opressão sistêmica.

Reparação pelo colonialismo e escravismo: Pautamos a construção de políticas de reparação histórica às populações indígenas e negras pelas violências cometidas no colonialismo e na escravidão. O que inclui promover novas formas de organização social, o desmantelamento de políticas fundadas no racismo, como o proibicionismo, e a abolição gradual de instituições fundadas na colonialidade, como as de encarceramento e as policiais.

Compromisso com o coletivo: Priorizamos o bem viver coletivo na mesma medida que nos empenhamos para nosso desenvolvimento institucional e profissional. O que se traduz no enfoque de temas que emergem do diálogo com diferentes agentes sociais, na disseminação de informações e oportunidades, e na produção de novas possibilidades de futuro.

Equidade de gênero e sexual: Adotamos uma postura orientada pela equidade entre todas as expressões e identidades de gênero e sexualidade. Disseminamos esse princípio para todas as pessoas e instituições com as quais nos relacionamos e negociamos, de modo que nenhuma injustiça ou violência seja reproduzida nos espaços que construímos.

Inovação e criatividade: Temos o compromisso em propor, co-construir e alavancar tecnologias sociais sustentáveis que tenham potencial de ampliar o bem viver das pessoas e grupos historicamente vulnerabilizados. Buscamos, para isso, consolidar uma rede que visibilize e potencialize diferentes agentes sociais que atuam em territórios periféricos.